terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Torralta

O “admirável mundo novo” de Tróia, que entrava casa dentro dos portugueses através da publicidade televisiva nos anos 70, acabou por se revelar um investimento desastroso para milhares de pequenos investidores que acreditaram na viabilidade do projecto da Torralta.
O empreendimento da Torralta - Club Internacional de Férias S.A. - na península de Tróia, vendido como “paraíso”, rapidamente se transformou no pesadelo de cerca de 27 mil pequenos investidores, devido a problemas de gestão durante a intervenção estatal que ocorreu em Dezembro de 1974, poucos meses depois da revolução de Abril.
A Torralta foi devolvida, pelo primeiro governo constitucional, liderado por Mário Soares, aos antigos proprietários, José e Agostinho da Silva, que posteriormente a venderam à Lactogal, mas a situação económica não melhorou e a empresa acabou por entrar em falência técnica.
Em 1993, a empresa iniciou um processo de recuperação de falência que se prolongou até 1997, data em que o grupo Sonae, do empresário Belmiro de Azevedo, adquiriu os créditos do estado sobre a Torralta.
O projecto da Sonae-Turismo para a recuperação do empreendimento turístico, um investimento global de 320 milhões de euros, sofreu vários atrasos devido a questões burocráticas e à necessidade de realizar diversos estudos de avaliação dos impactes ambientais, prevendo-se que só esteja concluído em 2011.
No entanto, o núcleo central do empreendimento turístico, deverá estar concluído e a funcionar quase em pleno até ao próximo Verão.
Trata-se da futura zona nobre do Troiaresort, que inclui o Casino-Hotel e a marina, os aparthotéis Tulipamar, Rosamar e Magnólia, 289 apartamentos e toda a zona de serviços.
GR.
Lusa/

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