terça-feira, 17 de julho de 2007

Quatro projectos estruturantes criam novo destino turístico

Depois de Tróia, foi a vez de o empreendimento CostaTerra e de a Herdade do Pinheirinho receberem ‘luz-verde’. Falta apenas a Comporta.

Numa década, a faixa do litoral alentejano, entre Tróia e Sines, estará consolidada como um novo destino turístico no território nacional. É , pelo menos, essa a expectativa do Governo, que oficializou ontem o aval a dois mega-empreendimentos a instalar naquela região: o projecto CostaTerra e a Herdade do Pinheirinho. A aposta na criação deste eixo de desenvolvimento turístico teve início, no ano passado, com a aprovação do Tróia Resort. Para completar o lote, falta apenas a aprovação do empreendimento da Comporta, do Grupo Espirito Santo.

Nos três projectos já aprovados, o investimento a fazer ao longo dos próximos anos ultrapassa os 1.100 milhões de euros. O Tróia Resort, da Sonae, prevê a instalação de 6.730 camas. Segue-se, em capacidade instalada, a Herdade do Pinheirinho, dos promotores imobiliários Pelicano, com 3.000 camas e por último a Costa Terra, da família suíça Reinhart, com 2.180 camas. Um total de 11.928 camas ainda longe das 28 mil camas permitidas para esta zona, e ainda mais das 35 mil camas existentes em Vilamoura, como sublinhava ontem o arquitecto responsável pelo projecto Costa Terra.

Além da localização, os quatro complexos coincidem no tipo de produto: imobiliário e golfe complementada com a hotelaria tradicional e o mix de serviços geralmente associados a esta actividade. Uma semelhança que garante a massa crítica necessária para lançar um destino. Prova dessa interdependência foi a presença de representantes do grupos Sonae e Espírito Santo na cerimónia de apresentação dos dois projectos vizinhos.

O ênfase colocado pelos promotores na sustentabilidade do produto turístico oferecido foi sancionado pelo Governo que, através do reconhecimento do interesse público permitiu ultrapassar as declarações ambientais condicionadas emitidas pelos responsáveis do Ambiente.

Ontem, o ministro do Ambiente Nunes Correia, fez questão de explicar que o impacto ambiental foi ponderado com os objectivos socio-economicos que sustentam os projectos, “porque o ambiente deve ser um dos motores do desenvolvimento”. Para o primeiro-ministro, José Sócrates, estes projectos fixam o novo padrão de referência para o sector. “São do melhor que a indústria turística vai ter. A indústria turística deve deslocar-se para as zonas de excelência.”

Fonte:Diário Económico de 17 de Janeiro de 2006

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